AMÉRICA.
O Continente Americano
O
continente americano costuma ser dividido sob dois critérios: físico ou
geológico e histórico-social. Considerando os aspectos físicos ou geológicos e
também o formato e a localização de cada área, o continente americano pode ser
dividido em três partes: América do Norte, que compreende Groenlândia, Canadá,
Estados Unidos e México; América Central, onde se localizam países como Panamá,
Guatemala, Cuba, Haiti, Nicarágua ,etc.; América do Sul, onde estão Brasil,
Argentina, Chile, Venezuela e outros países.
Do
ponto de vista histórico-social, a divisão desse continente é feita em apenas duas
partes: América Anglo-Saxônica e América Latina. A América Anglo-Saxônica
abrange os Estados Unidos e o Canadá, países onde predomina o inglês, uma
língua de origem anglo-saxônica. Já a América Latina inclui todos os países do
continente onde predominam o espanhol e o português, línguas originadas do
latim. Do México para o sul, portanto, o idioma oficial é o espanhol (na
maioria dos países) ou o português (no Brasil).
À
primeira vista, a diferenciação entre essas duas Américas estaria no idioma: na
América Anglo-Saxônica, a língua inglesa e, na América Latina, os idiomas
espanhol e português. Mas não podemos afirmar que as línguas faladas no
continente americano sejam apenas o inglês, o espanhol e o português. Na
importante região canadense de Quebec, por exemplo, a imensa maioria da
população utiliza o francês, um idioma de origem latina.
O
que é a América Latina?
América
Latina é o nome dado à parte do continente americano que vai do México, no
norte, à Argentina e ao Chile, no sul.
Aspectos
gerais da América Latina
Colonização
e principais idiomas. Na América Latina predominam os idiomas espanhol e
português, mas são faladas também outras línguas. Há, por exemplo, uma
infinidade de idiomas indígenas: o maia, o guarani, o quíchua ou quéchua, o
aimará. Além dessas, inúmeras outras línguas de origem pré-colombiana são
praticadas por pequenos grupos em vários países latino-americanos.
A
colonização da América Latina não foi feita exclusivamente por espanhóis e
portugueses, mas também por holandeses, franceses e ingleses. Além desses
povos, grandes levas de africanos foram trazidas para cá como mão-de-obra
escrava. Por isso podemos observar nos países latino-americanos a presença
marcante dos idiomas desses ex-colonizadores e a sua mesclagem com línguas
africanas ou indígenas.
Mas
se esses países estão apenas parcialmente unidos pela língua, qual é então o
elemento unificador desse conjunto chamado América Latina? A resposta é
complexa porque a América Latina é formada por um conjunto de países muito
diferentes entre si. Porém, o elemento que dá um certo sentido a esse conjunto
é basicamente a atual situação de dependência e subdesenvolvimento como
conseqüência de sua formação histórica.
Dependência
do exterior. Até a primeira metade do século XIX, quase todos os países
latino-americanos foram colônias da Espanha ou de Portugal. Mas, antes mesmo de
se tornarem independentes, eles ficaram subordinados economicamente à
Grã-Bretanha, a grande potência mundial nos séculos XVIII e XIX. Hoje, apesar
da grande influência dos Estados Unidos, os países latino-americanos possuem
vida política própria e complexa, especialmente os maiores e mais importantes,
como Brasil, Argentina e México.
Mas
ainda hoje os interesses externos - como a necessidade de pagar as dívidas
internacionais, o poderio das empresas estrangeiras, os valores e padrões
culturais importados - são muito fortes. A dependência econômica, tecnológica e
cultural, por sinal. É comum em todos os países subdesenvolvidos ou do Sul.
Grande
parte dos países latino-americanos tem altas dívidas com os grandes bancos e
instituições financeiras dos países desenvolvidos. As dívidas externas do
Brasil, do México e da Argentina, por exemplo, estão entre as maiores do mundo
atualmente.
Desigualdades
sociais. Em países desenvolvidos, como Estados Unidos, Suécia e Japão, os 20%
mais ricos da população ficam com cerca de 35 a 47% da renda nacional ou do
PNB, enquanto aos 60% intermediários cabem de 48 a 54% desse total. Na América
Latina essas diferenças sociais, ou seja, as diferenças entre ricos e pobres,
são bem mais acentuadas. Na Colômbia, os 20% mais ricos ficam com 60,9% da
renda nacional e os 60% intermediários, com 36,1%. Já no Brasil, onde as
desigualdades estão entre as maiores do mundo, os 20% mais ricos ficam com 63%
da renda nacional e os 60% intermediários, com apenas 34,4% desse total.
Os
índices relativos à qualidade de vida da população (taxas de analfabetismo,
consumo diário de calorias, esperança de vida, etc.) apontam a América Latina como
uma região cheia de problemas e de diferenças. As taxas de analfabetismo chegam
a atingir até 45% da população com mais de 7 anos de idade em alguns países,
como é o caso do Haiti. Em outros, como Costa Rica, Cuba ou Uruguai, essas
taxas situam-se entre 1 e 2%. A expectativa de vida (quantidade de anos que uma
pessoa pode esperar viver considerando as condições de saúde, alimentação,
higiene, etc.) é de apenas 54 a 58 anos em países como Bolívia, Haiti e Belize.
Já no Uruguai, nas Bahamas ou no Chile essa expectativa chega aos 74 anos.
Autoritarismo
político e populismo. Devido ao subdesenvolvimento, à dependência em relação
aos países mais industrializados e à grande desigualdade social, os governos
dos países latino-americanos são, em sua maioria, autoritários. Dificilmente um
governo democrático consegue se manter no poder por muito tempo. A enorme
disparidade entre a minoria rica e a grande maioria pobre é um dos principais
obstáculos para a democracia. Em geral, as elites dominantes são antidemocráticas,
extremamente autoritárias e procuram manter seus privilégios de qualquer
maneira.
O
intenso processo de urbanização e industrialização ocorrido ao longo do século
XX trouxe desenvolvimento e deu origem a metrópoles, como São Paulo, Rio de
Janeiro, Buenos Aires, Cidade do México, etc. Além disso, proporcionou a
formação de uma significativa classe média, que praticamente não existia no
período colonial. Essas transformações causaram mudanças na vida política, mas
o autoritarismo permaneceu. Nasceu um tipo de experiência política que passou a
ser chamado de populismo. Nessa forma de política os líderes tomam algumas
medidas que agradam ao povo e, assim, fazem-no acreditar que o objetivo de suas
ações é a melhoria da qualidade de vida da população. Isso, porém, é uma
ilusão, pois a prioridade dos governos populistas é, na realidade, atender aos
interesses da elite dominante.
Por
que na América Latina temos governos populistas em vez de regimes democráticos?
A resposta para essa pergunta encontra-se no próprio processo histórico de
colonização dos países latino-americanos. Quando comparamos a formação dos
países europeus e latino-americanos, observamos que existem grandes diferenças.
Na Europa, o Estado, isto é, as instituições políticas, formou-se em consequência
de muitas disputas dentro da própria sociedade.
Na
América Latina, ao contrário, essas instituições foram impostas pela metrópole
colonizadora quando nem sequer havia uma sociedade estabelecida. No caso do
Brasil, a divisão do território em capitanias hereditárias e, mais tarde, o
estabelecimento do governo-geral são exemplos disso. Essas duas formas de
administração foram implantadas pelos colonizadores portugueses, cujos
interesses não coincidiam com os dos brasileiros. Por todos esses motivos,
podemos dizer que a democracia é frágil na América Latina.
As
grandes diferenças entre os países latino-americanos
Como
vimos, os países latino-americanos apresentam muitas semelhanças entre si:
processo de colonização, subdesenvolvimento, dependência externa e
autoritarismo político. Mas existem também muitas diferenças entre eles,
inclusive dentro de cada país.
A
primeira diferença que podemos apontar é que encontramos na América Latina, ao
lado de países bastante industrializados, como o Brasil, o México e a
Argentina, nações agrícolas com fraquíssima industrialização. Esse é o caso da
maioria dos países, principalmente os da América Central.
Existem
países de economia tão frágil, como EI Salvador, Guatemala, Honduras, República
Dominicana, Haiti, etc., que muitas vezes são ironicamente chamados de
"republiquetas de banana". Essa denominação pejorativa faz referência
à fraca economia desses países e ao principal produto de exportação de vários
deles: a banana. Nesses países as exportações consistem basicamente em um único
produto primário, que pode ser, além da banana, café, cana-de-açúcar e outros
gêneros agrícolas ou minerais.
Apesar
das diversas características em comum que apresentam, nunca houve uma
verdadeira integração entre os países da América Latina. Atualmente, porém,
existem algumas iniciativas por parte dos governos no sentido de criar blocos
ou organizações, numa tentativa de superar o subdesenvolvimento com base em
cooperação econômica e solidariedade.
Tentativas
de integração entre os países da América Latina
As
mais importantes tentativas de integração econômica atualmente são:
Aladi (Associação Latino-Americana de
Integração), criada em 1980, em substituição à fracassada ALALC (Associação
Latino-Americana para o Livre-Comércio), fundada em 1960. É constituída até os
dias de hoje por onze países: Uruguai, Argentina, Brasil, México, Bolívia,
Chile, Colômbia, Equador, Peru, Paraguai e Venezuela;
-
MCCA (Mercado Comum Centro-Americano), constituído por cinco países da América
Central: Costa Rica, EI Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua;
-
Pacto Andino, criado em 1969 e formado atualmente por cinco países: Bolívia,
Colômbia, Equador, Peru e Venezuela;
-
Caricom (Comunidade e Mercado Comum do Caribe), fundada em 1973, constituída
por treze países banhados pelo mar do Caribe, entre os quais destacam-se:
Jamaica, Belize, Trinidad e Tobago, Granada, Barbados, Dominica, Guiana e
Antígua e Barbuda;
-
Mercosul (Mercado Comum do Sul), criado em 1991, é o mais recente e promissor
dos mercados comuns latino-americanos. Composto originalmente por Brasil,
Argentina, Paraguai, Uruguai, mais tarde passou a contar com a participação de
outros países sul-americanos: Chile, Bolívia, Peru (membros associados) e
Venezuela (membro pleno desde 2005). A Colômbia manifesta interesse em se
associar a esse mercado.
Além
dessas organizações, existem inúmeros acordos bilaterais entre alguns países.
Esses acordos incentivam e regulam o comércio de produtos selecionados entre os
dois países ou até a política externa em relação a determinados assuntos. Mas
todas essas organizações e acordos latino-americanos conseguem resultados
apenas parciais e em pequena escala.
Isso
ocorre justamente porque a economia desses países está mais ligada aos mercados
europeu e norte-americano. Desde a época colonial, as economias
latino-americanas estão constituídas para produzir e exportar certas
mercadorias, como café, banana, minérios, etc. Raramente conseguem vender aqui
mesmo seus produtos ou comprar de seus vizinhos o que não conseguem produzir.
Além disso, a enorme influência das empresas estrangeiras multinacionais em
praticamente todos os países dessa região limita bastante a capacidade real dos
acordos feitos apenas pelos governos. Assim, a integração regional
latino-americana é, por enquanto, um sonho ainda distante. Mas a integração
regional no sul do continente, no Mercosul, parece promissora e poderá avançar
a passos largos.
Economia
A
superabundância de recursos naturais encontrados pelos colonizadores foi
objeto, durante muitos séculos, de uma exploração predatória. Somente em meados
ao séc. XX, os governos dos EUA e Canadá adotaram medidas visando à conservação
da natureza e criando departamento para estudar o problema.
Águas:
Na América do Norte, como em outras regiões do mundo, os recursos hidráulicos
servem a diversas finalidades, tais como uso doméstico, irrigação, indústria,
transporte e produção de energia elétrica. O consumo de água da região tem-se
expandido rapidamente, devido principalmente ao aumento da população e ao
crescimento industrial. Em consequência, tem-se registrado escassez da água em
diversas áreas, determinada pela falta de chuvas, ou pelo excesso de consumo.
Solo: A
geografia dos solos e mais fácil ser entendida através da distribuição da
vegetação natural. A relativa infernal idade tanto das regiões secas quanto nas
zonas florestais úmidas é atribuída às condições climáticas e às
características do material que os solos são formados.
Minerais:
São grandes e variados, a maior parte do minério de ferro da região encontra-se
no Escudo Canadense. A jazida do Escudo Canadense junto com as montanhosas
rochosas desempenha grande papel na economia. O cobre é o mais
destacado metal não ferro dos EUA, enquanto no México é a prata. As grandes
bacias sedimentares se estendem do oceano Ártico, no N, até a extremidade
meridional do México onde são ricas em minerais combustíveis. Numerosa variedade
de minérios ocorre na região. Algum como areia e pedras empregadas nas
construções de concreto existem em quase todas as áreas, mas possuem valor
limitado e transporte dispendioso. Outros tais como o ouro e urânio, é mais
raro.
Agricultura
e pecuária: A atividades ocupam lugar de destaque nessa parte do continente, e
uma das áreas mais ricas é o chamado corn belt ('cinturão do milho'), nos EUA.
Em complementação ao plantio do milho e outros cereais, desenvolveu-se bastante
a pecuária. Uma Segunda área agrícola de importância é o cotton belt ('cinturão
do algodão'), a maior região produtora de algodão do mundo compreende a quase
toda totalidade de nove Estados do Sul do EUA, além de pequena área de quatro
outros. Entre essas duas áreas localiza-se uma região de agricultura
diversificada: milho, trigo, aveia, feno, fumo e frutas. As plantações de fumo
concentram-se na região centro-oriental dos EUA no vale do Connecticut. As
atividades criadas à criação do gado leiteiro destacam-se no NE e junto as
Grande Lagos, onde os solo e a topografia não propiciam a produção de cereais e
limitam a utilização de maquinaria. Em toda área W, nas montanhas Rochosas,
domina a pecuária de corte, por serem favoráveis as condições de solo,
altitude, topografia e clima. As chuvas colaboram para que a criação de gado
seja a única fonte segura de renda, pois em grandes partes dessa zona elas são
incertas e escassas, assim restringem a agricultura apenas nas faixas
irrigadas.
No
Canadá as áreas produtoras de cereais representas 70% das terras agrícolas do
país, a E das Grandes Planícies, onde a proximidade dos centros urbanos,
favoreceu a diferenciação de atividades tais como criação de gado, a avicultura,
o cultivo de batatas, legume e frutas. Nas províncias do E, o clima temperado é
propício à pecuária e à agricultura de batatas, maçãs e outras frutas. Já a
norte das regiões agrícolas, as limitações climáticas reduzem as atividades
quase que a caça e, no litoral a peça. Os animais de peles valiosas (raposas, martas),
são os mais visados, sendo que em algumas regiões, até mesmo no Alasca, existem
algumas fazendas que se dedicam a criação sistemática dos mesmos.
No
México, as condições geográficas também não são muito favoráveis a agricultura,
embora por motivos diversos: solos mais pobres e dependendo de irrigação nas
terras mais altas, excesso de calor e umidade nas florestas tropicais...A
cultura dos milhos desempenha um papel importantíssimo na economia mexicana,
pois pode ser plantado em qualquer solo da região, desde o nível do mar até
3.000m de altitude.
Indústria:
A América do Norte é a região mais industrializada da terra. A área
metropolitana de Nova York dispõe do maior e melhor porto, por isso, de
situação privilegiada. Com a escassez de terras disponíveis, não contam com indústrias
pesadas, predominando as têxtis, químicas, alimentícias e petrolíferas. No
Canadá em muitas áreas são praticadas a indústria extrativa em pontos isolados
(petróleo e minas). No México destaca-se a mineração (prata, principalmente) e
a extração de petróleo.
Transportes:
Dispõe de um excelente sistema rodo-ferroviário, além de intensa circulação
aérea e aquática. No início o sistema ferroviário teve destaque no de
transporte, que a partir de 1930 acentuou-se uma imensa concorrência das
rodovias que cortam o continente em todas as direções. A circulação aquática
também assume uma grande importância para os transportes interiores.
Para
as imensas e desérticas regiões de N canadense, é atravessada pela rodovia que
liga os EUA ao Alasca. A aviação constitui o único meio capaz de atingir
rapidamente pontos tão distantes. Já o México tem por centro rodoviário a
capital, as ferrovias também têm como centro a capital, a mais antiga é a que
faz a conexão com Vera Cruz. Igualmente desenvolvidos são os transportes aéreos
mexicanos, que tem como ponto focal a Cidade do México e alcanças as principais
cidades. Sai mias de centenas empresas aéreas e mais de mil aeroportos.
Política
O
atual contexto político do continente americano tem seu foco sempre deslocado
para a América latina, em função do seu alinhamento a esquerda, onde vários
políticos de esquerda e alguns que se diziam de esquerda chegaram ao poder,
cuja consequência imediata são mudanças e instabilidade social.
Depois
de décadas de ditaduras, nos anos 60 e 70, a América Latina adotou uma política
neoliberal, com a volta dos partidos conservadores ao poder, limitando as
conquistas sociais, fato que contribui para o avanço dos partidos de esquerda,
cujas características são:
Discurso
antiamericano Aversão a ação empresarial
Intervenção
do estado na economia. Claro que há exceções, nem todos os governantes seguem
esta tendência de esquerda, como é o caso de Michele Bachelet no Chile, Lula no
Brasil e Álvaro Uribe na Colômbia, um conservador clássico e aliado dos EUA.O
Venezuelano Hugo Chaves é quem mais despeja sua retórica contra a política dos
EUA, a quem chama de “o grande império do mal”, ao mesmo tempo em que se
intitula como líder da Revolução Bolivariana, inspirada na luta do herói da
independência de alguns países da América – Simon Bolívar.
Mas
é conveniente chamar a atenção para o fato de que Hugo Chaves despeja suas
críticas aos EUA e a George W. Bush, mas os americanos respondem pelo consumo
de quase a metade da produção de petróleo da Venezuela. Enquanto isto a
Bolívia, o país mais pobre da América do sul, com vários anos de instabilidade
política, até que chegou ao poder o líder dos plantadores de coca – cocaleros –
Evo Morales.
Entre
as suas ações, anunciou em 1 de maio de 2006 a estatização do gás e petróleo da
Bolívia, criando uma zona de instabilidade com o Brasil, afetando diretamente
os interesses da Petrobras naquele país, que culminou com a venda das
instalações da Petrobras na Bolívia por um preço inferior ao de mercado.
População
A América do Norte tem cerca de 7% por cento da população mundial, e é a
região mais povoada do continente americano, mas apresenta densidade
demográfica inferior à média mundial.
Composição
étnica: Cerca de 40% da população do Canadá são de origem britânica, 305 de
origem francesa, enquanto 10% classificam-se como descendentes de alemães,
escandinavos e ucranianos; os nativos compreendem os índios e os esquimós, que
representam um pouco mais de 1%. E já nos EUA a população apresenta o seguinte:
88,6% de brancos, 10,5% de negros e o restante de índios e outros. Quanto a
população mexicana 30% são índios puros, 15% brancos e 55% mestiços. O numero
de índios estimados no tempo de Colombo era em cerca de 1.000.000 na região ao
N do México e cerca de 5.000.000 na área correspondente aos territórios do
México e da América Central. Após a chegada dos europeus, esses números caíram
acentuadamente, por causa das enfermidades e às guerra com colonizares . mas
desde do séc. XX a população indígena tem crescido, e alguma tribos, como a dos
navajos, eram mais numerosas em 1960 do que no tempo da descoberta. Do ponto de
vista antropológico, os índios norte-americanos não possuem tipo físico
uniforme, mas são basicamente mongoloides.
Línguas
e religiões: Nos EUA e no Canadá, a maioria da população fala inglês e segue
numerosas seitas protestantes, mas o francês é o idioma de cerca de 30% dos
canadenses, que em regra filiam o catolicismo, nos EUA os católicos atingem
cerca de 50.000.000 hab. No México quase toda a população fala língua espanhola
e segue o catolicismo. Vários grupos nativos da região também falam o inglês, o
francês e sua língua de origem.
Povoamento
e imigração: Entre o séc. XVI e séc. XVII foi povoada por europeus que fixaram
em diferentes áreas. Tais povoadores como os franceses, ingleses e espanhóis
encontraram na região habitada por povos mongoloides. Bastante diferenciados
por sua civilização e modo de vida.
A
necessidade de mão-de-obra agrícola fez com que, nas vizinhanças do golfo do
México, fossem introduzidos numerosos negros, trazidos da África, como
escravos. E no decorre do séc. XIX milhões de imigrantes afluíram para o
continente, contribuindo para o rápido povoamento das áreas centro-ocidentais.
Sendo a maioria da Europa, passando a constituis substancial parcela da
população dos EUA, embora também se tivessem fixado no Canadá. E região recebeu
também imigrantes asiáticos, que, sobretudo se localizaram na Califórnia.
Relevo
Continente
americano
Formas
possíveis de regionalização e/ou divisão do continente americano:
Físico:
América do Norte, América Central, América do Sul.
Cultural:
América Anglo-Saxônica e América Latina.
Econômica:
América capitalista desenvolvida;
América
capitalista subdesenvolvida industrializada e não-industrializada;
América socialista.
Quadro
Natural: Relevo
Oeste:
montanhas – formação geológica recente (jovem), originada a partir do choque
entre as placas tectônicas;
Central:
Planícies – formada a partir do processo de deposição de sedimentos, nos
períodos terciário e quartanário;
Leste:
Planaltos – formações geológicas antigas, originadas a partir do vulcanismo.
Clima
Latitude:
A latitude influencia o clima segundo os seguintes critérios:
Baixas
latitudes: São aquelas que estão localizadas entre a linha do Equador e os Trópicos
de Câncer e de Capricórnio – nessas latitudes as temperaturas são geralmente
elevadas;
Médias
latitudes: São aquelas que estão localizadas entre o Trópico de Câncer e o
Círculo Polar Ártico e entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico
– nessas latitudes as temperaturas são geralmente amenas;
Altas
latitudes: São aquelas que estão localizadas entre os Círculos Polares Ártico e
Antártico e vão até os pólos norte e sul – nessas latitudes as temperaturas
estão sempre abaixo de 0ºC.
Altitude:
Mesmo que um determinado lugar esteja situado em baixas latitudes (temperaturas
elevadas), se ele tiver uma altitude elevada, a sua temperatura será menor do
que aquela verificada nos arredores que possuem a altitude inferior.
Marítimidade:
É a influência da umidade dos oceanos e mares sobre o continente, lembrando
que, se uma corrente de ar com temperatura mais baixa que a da corrente
marítima encontrar esta antes dela chegar ao litoral choverá no oceano e quando
ela chegar ao continente pouca ou nenhuma chuva cairá.
Hidrografia
Um
rio com seus afluentes formam uma rede hidrográfica. A área drenada por uma
rede hidrográfica recebe o nome de bacia hidrográfica. Um conjunto de bacias
hidrográficas, cujos rios correm para o mesmo destino, que pode ser um oceano
ou um mar, constituiu ma grande vertente. De modo geral, o continente americano
possui uma hidrografia farta, pois suas terras são drenadas por numerosos rios.
A
maior bacia fluvial das América sé a do Amazonas, que está localizada na
América do Sul. Na América do Norte, a maior principal bacia fluvial é a do rio
Mississipi. Ele nasce no norte dos Estados Unidos, ao oeste do Lago Superior, e
percorre a Planície central até o delta da sua foz, no Golfo do México. Os
principais afluentes do rio Mississipi são o Missouri e Ohio. Desde
aconfluência com o Missouri, na montante da cidade de Saint Louis, o grande rio
passa a ser chamado de Mississipi – Missouri. Os rios São Lourenço e Grande
destacam-se na formação hidrográfica dos Estados Unidos. O rio São Lourenço
nasce no Lago Ontário, é o mais navegado do continente americano e possui um
sistema de eclusa. O rio Grande (Bravo Del Norte) é a maior parte da fronteira
natural entre os Estados Unidos e o México. Ele deságua no Golfo do México.
Na
América Central, os rios e as bacias fluviais são de pequenas extensões, sem
destaques no conjunto dos rios americanos. Na vertente do Atlântico, na América
do Sul, as maiores bacias fluviais são do Amazonas, a Platina, a do Orinoco. A
Bacia do Amazonas banha as terras do Brasil, da Bolívia, da Colômbia, Peru,
Equador, Venezuela e Guiana, num total de aproximadamente 6,5 milhões de
quilômetros quadrados dos quais quase 4 milhões de quilômetros quadrados
encontram-se no território brasileiro.
O
rio principal dessa bacia nasce no pico Huagro, nos Andes peruanos. Depois de
ingressar em terras do Brasil, recebe o nome de Solimões e, após receber as
águas do Rio Negro, seu principal afluente, passa a se chamar Rio Amazonas. A
Bacia Platina é formada pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, cada qual com
seus afluentes. O Paraguai é estuário do Paraná. O Uruguai, por sua vez,
desemboca junto à foz do rio Paraná, no chamado rio da Prata. Por isso, o
conjunto hidrográfico recebeu o nome de bacia Platina ou da Prata. O rio Paraguai
nasce no território brasileiro, serve de fronteira entre Brasil, Bolívia e o
Paraguai, atravessa o território Paraguaio e deságua no rio Paraná.
É
um rio de planície, navegável, de grande importância no transporte e
comunicação tanto para o Estado do Mato Grosso do Sul (BR) quanto para o país
que atravessa o Paraguai. O rio Uruguai serve de divisa entre os Estados
brasileiros de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Serve, também, de limite
entre o Brasil e a Argentina e entre a Argentina e o Uruguai. O rio Paraná é o
principal rio da bacia. Ele tem 4 mil e quinhentos quilômetros de extensão,
sendo um rio de planalto em seu trecho superior e de planície em seu curso
inferior. Seu enorme potencial hidráulico já é, em parte, aproveitado por
grandes usinas hidrelétricas. Dentre as hidrelétricas do rio Paraná destaca-se
as usinas de Jupiá e Ilha Solteira, que formam o Complexo Urubupungá, entre os
Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, e a de Itaipu, entre o Estado do
Paraná e o país do Paraguai.
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